quinta-feira, 5 de maio de 2011

Os 13 anos da Kethy

 Minha filha está com 13 anos, uma fase de transição, duvidas, amores, escolhas, preparação e tudo mais que a idade traz, nesse ano ela começou a namorar, mas isso já vinha desde o ano passado, um flerte, uma amizade mais próxima, um colega que mexia com o coração da minha menina, eu como mãe fiquei as voltas, fui conhecer o menino, a família, os amigos, aos trazendo para mais perto do meu convívio, e ela sempre ao falar do garoto em questão, já tive essa idade e já conhecia aquela conversa mansa, com rodeios e citações, de que eram apenas bons amigos, um amigo especial, o melhor amigo, vamos lá conversa para boi dormir, seu coração e seus pequenos olhos já gritavam outra coisa, falavam outra língua.
 Claro que entre uma conversa e outra sempre surgia o namoro, e ela deixando bem claro que seria somente depois que ele viesse falar com o pai dela, acho injusto nessa horas o pai e sempre quem deve ser mais cogitado...arg, vi as alianças de compromisso, vi os olhares de ambos para mim, como que pedindo ajuda, mas me mantive em meu lugar de observadora e com o coração agoniado, minha menina, minha pequena flor, meu anjo, minha boneca, cresceu, quando?Tenho certeza que vi cada segundo de sua vida passar, tenho certeza de que estive sempre presente, mas quando esse crescimento ocorreu?Meu olhos se negam a ver a realidade ali tão exposta, ela estava enamorada, e como tal encantamento do coração, ansiosa pelo pedido do amado, ansiosa pela coragem dele de chegar ao pai e pedi-la.
Eis que esse dia surgiu, ele veio e tomou coragem e finalmente pediu, e teve o consentimento paterno, e eu como mãe, queria esganar aquele pai que entregava minha pequena boneca, ao consentimento de namorada, ela tão pequenina, tão delicada, tão menina, agora me mostrava uma moça, tão grande, tão  cheia de saber o que quer e decidir.
E meu coração batia no descompasso da minha agonia, e agora o que fazer? Olhava para ela, olhos brilhando de alegria, e ele tão feliz por ter sido "aceito", mas e eu como mãe?Onde estive nessa história toda?Eu que acompanho, cuido, ensino, protejo, brigo e até choro junto, onde eu fico?
Sei que para ela o que conta mais e minha opinião, mas como ir contra algo que está inevitável?Proibir seria o melhor?Já tive essa idade e sei que para adolescente, tudo que é proibido tem um sabor diferente para  nós, tem um saber de aventura, de conquista, de medo do ser pego, aceitar então?E a melhor saída, foi aceitar e trazer para perto o aventureiro conquistador, deixa-lo ciente do que seria aceito na relação, deixa-lo ciente de como iria agir para com ela e nos familiares, deixa-lo ciente que ali estava a minha mais preciosa joía, que cuida-se para não magoa-la, não deixa-la triste e nem por um momento a fizesse sofrer, claro que o amanhã a Deus pertence, e que não podemos prever o que está escrito no destino de cada um, mas para acalentar o coração da mãe aqui, recado dado. :)
Gabriel e Kethy


Desde do dia pedido, até hoje eles levam seu namoro, hora saindo com a família dele, que gostam muito dela, hora saindo com a gente ou então com o irmão dele, mais velho e que também tem namorada, podem achar que seja loucura de nossa parte permitir, por ambos serem novos, ele tem 14 anos e ela 13, mas volta a perguntar o que seria mais correto fazer?
Proibir? E permitir que assim se continuassem a vontade de serem namorados, faze-lo escondido?
Permitir e aceitar? Assim sendo amparados por ambos os lados (nos pais) e tendo seu namoro dentro do aceitável por ambas as famílias e tendo em nos ainda o apoio para sairem e terem uma lembrança doce e sadia para o futuro.
E você qual a sua opinião, da madrinha já sabemos, que mesmo em choque está aceitando...hehe, pois é madrinha nosso bebê cresceu.