domingo, 9 de janeiro de 2011

O que fazer?Perdi meu filho...

           Essa semana que passou, minha amiga e comadre, muito querida, acabou por passar um susto muito grande, o qual eu mesma já passei, a perda de um filho, por um curto período de tempo, mas perdeu, veja em:
 http://blogdati.com/2011/01/08/perdi-meu-filho-no-shopping-center-e-agora-sosfilhos-criancaperdida/ , assim que pude liguei para ela em solidariedade e para contar-lhe que já havia passado por isso também.
              Foi a 4 anos a traz, em Guaratuba, ao lado do morro do Cristo, o Zen tinha 3 anos na época, fomos para a praia passar o carnaval, estamos: minha sogra e o namorado, meus cunhados, eu, o Danny e as crianças, estava na água com eles e então o Ramon que na época tinha poucos meses de vida, chorou por querer mamar, eu então fui me sentar embaixo do guarda-sol para amamenta-lo, e nisso o Zen que estava brincando na areia pediu para ir na água, como não poderia ir com ele, chamei o Danny que olhou para mim e nesse momento acreditei que ele tivesse também avistado o Zen, que foi seguindo o pai pela areia, mas infelizmente isso não aconteceu, no exato momento em que o Danny voltou, meu desespero começou, perguntei para o Danny onde estava o Zen e ele me disse que não sabia, naquela fração de segundo meu mundo caiu, meu coração não batia mais, minha respiração estava curta, e as lágrimas percorriam meu rosto.
                  Como estávamos em um bom número de pessoas, cada um foi para um lado e eu fiquei com o Ramon no guarda-sol, orando e pedindo a Deus que trouxesse meu menino de volta, nessa hora lembrei de que havia colocado nele e nos irmãos uma pulseira de e.v.a com o nome e meu número de celular, e isso acalentava um pouco meu desespero, então o Danny foi até o posto e avisou o ocorrido, e imediatamente eles acionaram todos os policias que estavam percorrendo a praia, e nessas horas e muito importante darmos informações sobre roupas e tudo que a criança estiver usando, o Zen estava de sunga verde com muitos desenhos, mas, nisso passaram-se 15 minutos, que para mim pareciam anos, todos já haviam voltado e ninguém o encontrava, passava tudo pela minha cabeça, até que ele teria ido muito ao fundo a traz do pai e se afogado, eu chorava muito e pedia muito a Deus o meu menino, e então o celular tocou, mas eu estava tão nervosa que não conseguia atender, lembro que atendi tremendo muito e a voz ao telefone me tranqüilizou, haviam encontrado o Zen, a policial do outro lado da linha, disse que ele foi encontrado por uma mulher que quis ajuda-lo, mas ele muito ativo e perspicaz, como não a reconheceu, começou a gritar pedindo por nos os pais, e gritando que ela o estava roubando, chamando assim atenção de muitos que passavam, e principalmente da policial e seu parceiro que estavam passando, ele só aceitou falar com os policiais, assim mais calmo contou que havia se perdido do pai e que na pulseira podiam ligar para a mãe ir busca-lo.
             Falando comigo no celular ele ficou mais tranqüilo e aceitou ir junto com os guardas até onde eu estava, assim meu sofrimento acabou, eles o trouxeram e fizeram um registro do ocorrido, tiraram fotos dele e de nos para colocar em seu mural de finais felizes, sim esse foi um final muito feliz, mesmo que na hora eu quisesse de todas as formas vir embora, o Danny me acalmou e continuamos na praia por mais dias, só que não fomos mais até o morro do Cristo, onde tudo aconteceu e sim em locais mais afastados e sem grande aglomeração de pessoas. Meu filho voltou, mas isso me fez pensar em quantas mães estão por ai procurando os seus, lutando dia após dia para reencontra-los, para fazer como eu, abraça-lo, dizer que o ama, que nunca mais o quer longe de suas vistas, que poderá olhar todas as noites ele dormindo tranqüilamente na cama e desejar que Deus o abençoe, penso na angústia que senti durante aqueles 15 minutos e não consigo imaginar o tamanho da dor dessas mães que lutam por anos.
                 Então vamos fazer uma campanha, para que nos pais estejamos mais atentos, a esses pequenos, que tão rápidos e ligeiros, não sumam de nossos olhos e se tornem mais uma foto no quadro de crianças desaparecidas e vamos pedir de coração aberto para que Deus olhe por cada família que infelizmente enfrenta esse drama.

Zen na época em que ocorreu, no braço direito a pulseira com a identificação.

Posto aqui as dicas que a minha amiga do @blogdati ( http://blogdati.com/ ) postou no seu blog:

  • Treine seu filho para saber responder o próprio nome completo, nome da mãe, endereço e telefone dos responsáveis;
  • Se a criança não tiver idade para gravar tantas informações pessoais, coloque em sua roupa (como crachá ou no bolso) cartões de visita com esses dados (nome completo dos pais, da criança, endereço e telefones);
  • Já comum em mochilas, materiais de escola, brinquedos e eventualmente jaquetas, para os casos de extravios de materiais, o nome da criança escrito a caneta em etiquetas de tecido ou afins pode estar associado a outras informações pessoais, também ajudando na busca, pois um pequeno pode se perder com o boneco de estimação;
  • Levar sempre na carteira da mãe e do pai fotos do seu filho atualizadas. Mais comum ainda, as muitas fotos de galerias do aparelho celular também podem ajudar, mas tendo-as na mão você distribui a novos parceiros de busca;
  • Usar pulseiras de identificação, como as cedidas pela Polícia Militar e/ou Guardar Civis em épocas de férias e festas, em quase todo o território brasileiro. Elas são de plástico ou EVA e mesmo simples, levam o nome da criança e responsável;
  • Ensinar seu filho sobre figuras de liderança e como buscar ajuda. Se ele é maiorizinho e está alfabetizado, já compreende que achando um segurança identificado (no caso de shopping), bombeiros (no caso da praia), recreacionistas e funcionários (no caso de parques infantis), policiais militares (se nas ruas), caixas e balconistas (quando no supermercado e lojas de departamento) e por aí vai. Elas devem saber explicar que estão perdidas, dizer seu nome e dos responsáveis, solicitando socorro;
  • Plaquinhas com nome, algum tipo de doença grave ou alergia, tipo sanguíneo e telefone em pulseiras, correntes e/ou afins também são úteis nesses casos;
  • Para os menores, mas que já falam um pouco e sabem assoprar, uma pulseira ou cordão com apito pode ser uma alternativa. Estou sujeita a comprar um hoje e fazer o teste com meu filho. “Quando” e “se” perceberem que estão perdidos podem apitar forte e seguidamente, auxiliando os pais na busca pelo som.


Programa SOS Crianças Desaparecidas, em entrevista ao Jornal Futura, orientava: * Antes de sair de casa, identificar a criança com pulseira. Se ela já souber falar, ensinar o endereço e os nomes dos pais. * Em lugares cheios, sempre segurar a criança pelo pulso. * Se a criança desaparecer, procurar a delegacia mais próxima, fazer o registro imediatamente e, posteriormente, se não encontrá-la, buscar ajuda no Programa SOS Crianças Desaparecidas * Ao encontrar a criança, não impor castigos a ela. Mas procurar conversar sobre o ocorrido.

2 comentários:

  1. Querida, obrigado pela cumplicidade e pela divulgação. Tenho certeza de que nossos relatos de mãe, os quais denotam todo o cuidado e a preocupação que permeia a criação de nossos pequenos, poderão vir a ajudar outras mães e pais "se" um dia vivenciarem susto parecido.

    Grata por compartilhar e reforçar a causa. Um beijo grande. Ti

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  2. Ti,
    Acredito que fazendo uma boa divulgação podemos fazer muito mais do que alertas para os pais, vamos conscientizar a sociedade do perigo que está bem ao nosso lado, um piscar de olhos pode ser o fim de uma família.
    Beijo Jô

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